O câncer de colo de útero é o 3º tumor mais recorrentes em mulheres no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Por isso, existe a campanha nacional do março lilás.
O objetivo do março lilás é levar esclarecimentos à população quanto a essa doença. Em razão disso, entrevistamos a Dra. Izabela Bartholomeu. Ela trabalha nos dois hospitais de Ponte Nova, no Hospital Arnaldo Gavazza e no Hospital Nossa Senhora das Dores como ginecologista e obstetra.
Izabela esclareceu como esse tipo de câncer surge no corpo, por meio da infecção pelo vírus papilomavírus humano (HPV). “O câncer de colo de útero está associado a infecção pelo vírus HPV, que pode ocorrer por meio da relação sexual. O vírus do HPV se aloja nas células do colo uterino, principalmente na transição das células escamosas para as células granulares. Onde provocam alterações, podendo gerar mutações celulares. E consequentemente o câncer de colo uterino”.
As formas de prevenção do câncer de colo de útero foram explicadas por Izabela. “Desta forma, a prevenção encontra-se na realização da vacinação para o vírus do HPV, onde se tem acesso na rede pública até aos 15 anos. E também na rede privada, onde já se tem a vacina nonavalente, que podemos ter proteção para o maior número de subtipos do vírus. E também a realização periódica da colpocitologia oncótica, que a princípio está recomendada anualmente”, explica a médica.
Izabela elucidou que existe uma análise – disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) – que possibilita um espaçamento maior do exame preventivo. “Este ano foi aprovado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)a coleta de material para a identificação do DNA do vírus, onde poderemos, de acordo com o resultado, espaçar o preventivo para cada 3 anos. Porém, isso muito individualizado e particularizado nessa conduta”.
Ela salientou a importância do diagnóstico precoce para o tratamento eficaz da doença. “A prevenção terciaria encontra-se no diagnóstico precoce e consequentemente realização de tratamentos na doença ainda localizada. Prevenindo a expansão e evolução da doença, que pode ter consequências muito graves. Então não deixe de se cuidar e realizar os exames de rotina ginecológica para a prevenção do câncer de colo uterino”.
Foto: Izabela Bartholomeu