Em 2023, mais de 45 mil pessoas tiveram câncer de cólon e reto no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Por isso, em março ocorre a campanha nacional do março azul, para conscientizar os cidadãos quanto a essa doença.
A região sudeste é o local que registrou mais casos dessa doença, em 2023. Por isso, a equipe de jornalismo da Rádio Ponte Nova entrevistou a Dra. Renata Botinha, médica coloproctologista do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) para falar mais sobre o assunto.
Renata explicou como surge essa doença. “O câncer no intestino é uma doença maligna que acomete o intestino grosso, também conhecido como cólon, sua porção final também é chamada de reto. Na maioria das vezes esse câncer inicia-se a partir de pequenas lesões que crescem dentro do intestino, pequenas ‘verruguinhas’, conhecidas também como pólipos. Esses pólipos com o tempo, se não tratados, em algumas pessoas eles podem crescer e virar um câncer”
As medidas preventivas para o câncer colorretal foram esclarecidas pela médica. “Aumento da ingestão de fibras, a diminuição no consumo de carnes vermelhas, a diminuição de consumo de comidas muito processadas, embutidos, enlatados, carne de churrasco, também diminuir a quantidade. Diminuir a ingestão de álcool, cessar o tabagismo. E além disso, associar a práticas de exercícios físicos. Isso tudo ajuda na prevenção no aparecimento do câncer”.
A médica enfatizou que existem exames que possibilitam o diagnóstico precoce do câncer colorretal, como a colonoscopia e a investigação se há sangue nas fezes. E a partir deles, é possível remover os pólipos do intestino. “Mesmo se o câncer estiver presente durante a endoscopia, se diagnosticado precocemente, a gente consegue tratar e o paciente poderá ter uma vida normal, por um bom tempo”.
Renata reforçou que a realização de consultas médicas e de exames regularmente contribuem para prevenir esse tipo de câncer. “Se você tem mais de 45 anos, seja homem, ou mulher, pergunte ao seu médico sobre o câncer de intestino. Não deixe de se cuidar”.
Foto: Instituto de Oncologia Miguel Bartolomeu