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Março amarelo: Dra. Izabela Bartholomeu fala sobre a endometriose

Março amarelo: Dra. Izabela Bartholomeu fala sobre a endometriose

O mês de março é marcado pela conscientização sobre doenças que atingem mulheres. O março amarelo é uma campanha que objetiva levar informações para a população sobre a endometriose. Por isso, a equipe de jornalismo da Rádio Ponte Nova conversou com a Dra. Izabela Bartholomeu sobre o assunto. Ela é ginecologista e obstetra e trabalha no Hospital Arnaldo Gavazza e no Hospital Nossa Senhora das Dores.

No corpo humano existem diversos hormônios. Em corpos femininos existem o estrogênio e a progesterona. O primeiro começa ser produzido pelo corpo na puberdade e é responsável pela definição das características sexuais femininas, como o desenvolvimento das mamas, a distribuição de gordura nos quadris e o crescimento dos pelo pubianos. Ele também faz parte do controle a ovulação.

A progesterona, por sua vez, é conhecida como o hormônio da gravidez. Ela atua juntamente com o estrogênio na regulação do ciclo menstrual, na gestação, na libido e no apetite.

Izabela esclareceu o que é a endometriose. “A endometriose é uma doença que se caracteriza pela presença de endométrio, que é a camada interna do útero, fora do útero. Ou seja, temos pequenos pontos de tecido endometrial nos ovários, nas trompas, na parede da pelve, na bexiga, no intestino e que responde aos estímulos hormonais. Assim como a camada interna do nosso útero. Ocorrendo sangramento sempre que ocorre a menstruação”.

A relação entre a endometriose e alterações hormonais foi explicada por Izabela. “A principal causa da endometriose é um desequilíbrio hormonal. Onde temos a predominância de estrogênio. Em detrimento da queda da progesterona. Com isso esses focos de endométrio ficam altamente estimulados. Gerando sangramento, inflamação e repercutindo com toda clínica da doença”.

A médica também esclareceu quais são os sintomas dessa doença. “Gira em torno de sangramento aumentado, dor pélvica intensa – muitas vezes incapacitante e com uma consequência muito ruim, que seria a infertilidade”.

Melhorias nos hábitos alimentares como cuidados com a ingestão de alimentos inflamatórios foram apontadas pela médica como formas de prevenção da endometriose. “As medidas preventivas baseiam-se principalmente nos hábitos alimentares, onde podemos diminuir a ingesta de açúcar, farinha branca e outros alimentos que são inflamatórios e acabam gerando o desequilíbrio hormonal. Assim como na ocorrência da queixa de cólica intensa, sangramento muito volumoso, muito importante buscar avaliação médica”.

Izabela indicou que com o surgimento de quaisquer sintomas, procure uma avaliação médica. “Não fique acomodada, pensando que é comum no período menstrual. Pode até ser que não se tenha endometriose, mas é importante excluir. Porque o mais importante é a gente controlar a doença e prevenir as consequências. Sendo a pior delas, a infertilidade”, explica Izabela.

Foto: Izabela Bartholomeu

 

 

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